Para
entender um pouco de história da igreja através das vestes litúrgicas:
Por que pastores
luteranos usam o talar preto no culto? “O Talar era a veste dos acadêmicos do século 16, que
Lutero passou a usar, como liturgo, a partir de 1524. Essa veste era usada para
distinguir a pessoa que assumia a pregação no púlpito.”[1]
A partir disto, algumas
suposições: podemos
entender que a alba seria a veste da celebração eucarística? Ou dos demais
celebrantes? A pessoa que preside a celebração seria a que usa o talar e as
demais usam a alba?
Por que o talar e não a
alba passou a ser a veste mais usada na história do culto luterano? “[...] Frederico Guilherme III, de
origem calvinista, coordenou, no início do século 19, um processo de união das
igrejas luterana e calvinista, constituindo a Igreja da União Prussiana. [...]
esse rei prussiano decretou, em 1811, o uso de uma veste paramental uniforme
para todos os clérigos protestantes da Prússia. Esta veste era o talar preto.”[2]
Já que todos os pastores
na União Prussiana usavam o talar preto, como se poderia identificar quem era
luterano, reformado (calvinista) ou unido? Isso é possível através do “peitilho” (item branco bipartido
que vai junto ao pescoço). Quem era luterano usava o peitilho todo aberto;
reformados usavam o peitilho todo fechado; e unidos usavam o peitilho fechado
até ao meio. confira na imagem abaixo:
Mas, o que isso tem
haver com a IECLB? “[...]
Os pastores que vieram ao Brasil, após 1824, ano da vinda dos primeiros
imigrantes alemães luteranos, trouxeram este talar como seu traje litúrgico. E,
desta maneira, o talar tornou-se a veste litúrgica que identificava os pastores
da IECLB [...].”[3]
E como acontece hoje na
IECLB? “O talar
preto, com peitilho branco, e a alba, ou alva, com a estola, são vestes
litúrgicas que identificam ministros e ministras de diferentes ministérios na
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).”[4]
Assim, ministros e ministras religiosas, “[...] ao presidirem cultos e ofícios
e ministrarem sacramentos, usarão veste litúrgica, que lhes identifique a
função [...]”.[5]
[1] MANSK, Erli. A Linguagem dos símbolos no Culto Cristão. Porto Alegre: IECLB,
2012. P. 30.
[2] MARTINI, Romeu Rubem. Vestes Litúrgicas: o talar preto e a
alba com estola. TEAR: Liturgia em Revista, São Leopoldo:CRL/EST, Nº 9,
dezembro de 2002. P. 16.
[3] MARTINI, 2002. P. 16.
[4] MANSK, 2012. P. 30.
[5] IECLB. Estatuto do Ministério com Ordenação (EMO). Seção III, Art. 18,
Parágrafo único. P. 12.
A tradição Anglicana vai chamar o nosso peitilho de Gravata sacerdotal ou gravata de pregador.
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